O cuidado com a nossa Imagem, a forma como nos sentimos com o que vemos refletido no espelho, a confiança nas escolhas que fazemos diariamente para alinharmos o que vestimos à nossa comunicação verbal, são passos fundamentais para termos a auto-estima bem trabalhada no nosso dia-a-dia.
Certamente já se depararam com este tema, seja porque está na hora de fazer algumas compras para o frio que se avizinha, e até dava jeito a ajuda de uma profissional na área, ou porque mudámos de emprego e queremos ajustar-nos ao novo ambiente também visualmente, ou simplesmente porque a apresentadora de TV/Influencer falou sobre como é importante quebrarmos os padrões sociais que tanto exigem de todos nós e que muito mexem com a nossa confiança.
No decorrer destes nove anos de experiência a trabalhar com a imagem de mulheres, que procuram perceber melhor de que forma podem ajustar o seu gosto pessoal às tendências ou aos códigos de conduta instituídos na empresa onde trabalham, vejo que existe cada vez mais uma maior aceitação em cuidar desta ferramenta de comunicação, a nossa Imagem, para tornarmos a nossa Marca Pessoal forte, muitas vezes fragilizada por traumas, preconceitos, mudanças no corpo difíceis de gerir ou simplesmente por falta de tempo para nos dedicarmos a cuidar de nós.
No processo, volto atrás no tempo para percebermos se o estilo sempre foi coerente, em que momento se alterou e porquê, quando foi que se perdeu a vontade de cuidar dele, ou por que é difícil ajustá-lo ao novo contexto. Sempre que faço esse percurso com as minhas clientes, questiono-me se teria sido completamente diferente caso aquele adulto em criança tivesse tido oportunidade de escolha, ajuda a conhecer-se melhor, boa relação com as suas características físicas e mais liberdade.
Desde cedo sofremos com imposições de regras e limitações:
– Cor-de-rosa é para meninas
– Não se brinca de saia
– Essa t-shirt não fica bem com essas calças
– Vais de fato de treino porque é mais confortável
– Preto só se usa em funerais
– Meninas muito vaidosas são menos inteligentes
– Rapazes não se preocupam com a roupa, isso é para meninas.
Podia passar aqui o dia a citar frases que todos já ouvimos e que mais tarde reproduzimos. Por sua causa, temos a nossa liberdade limitada e estamos também a limitar a liberdade das nossas crianças. Acredito que crianças com uma maior perceção de si mesmas, que valorizem, além das suas valências, também a sua Imagem e que sejam motivadas a isso, que tenham direito a escolher como gostam de se ver, que percebam o contexto em que vivem e de que forma se podem ajustar a todos os ambientes sem colocar de lado as suas preferências, se tornarão, sem dúvida, adultos mais confiantes, seguros das suas escolhas e motivados a enfrentar o futuro com uma boa auto-estima.
Já diz o ditado: “É de pequenino que se torce o pepino”
POR: Bárbara Mendonça Consultora de Imagem