O anúncio feito pela atriz brasileira Cláudia Raia de que estava grávida aos 55 anos, deixou meio mundo de boca aberta.
Recorde-se que Cláudia Raia já estava na menopausa, mas há cerca de um ano começou a fazer um tratamento hormonal para tentar fazer uma fertilização in vitro.
Acabou por deixar de tomar estrogénio quando os médicos disseram que o tratamento não tinha resultado, mas o certo é que passado pouco tempo, a atriz descobriu que estava grávida.
Estudos médicos mostram que a fertilização natural após os 40 anos é rara, mas não impossível.
A fertilidade diminui à medida que a mulher envelhece devido à redução regular do número de ovos que permanecem nos seus ovários, mas existem cada vez mais casos de gestações tardias.
Segundo os especialistas, a hipótese de uma mulher de 40 anos engravidar espontaneamente durante um ciclo menstrual é de 8%, enquanto que numa jovem de 25 anos é 25%. Acima dos 50 anos, a gravidez espontânea é raríssima.
No caso de uma gestação espontânea após os 40 anos, o principal problema é a qualidade dos óvulos da mulher. O que não se consegue controlar é a maior incidência de alterações cromossómicas fetais, tipo síndrome de Down, que com 40 anos é de um caso para cada 100 gestantes. Com 45 anos, essa incidência é de um caso para cada 20 gestantes da mesma idade.
Os outros principais riscos de uma gravidez tardia são a maior incidência de diabetes gestacional e a hipertensão. Essas doenças, porém, são de fácil diagnóstico de forma precoce. E, com o acompanhamento adequado, a mãe e o bebé estarão saudáveis.
Passando para os 45 anos, as mulheres que engravidam com os seus próprios óvulos têm um risco de aborto natural na ordem dos 80%.
É por isso que muitas delas optam pela fertilização in vitro, onde o útero da mulher é preparado com a toma de hormonas naturais, mas os óvulos utilizados são de outra mulher, com idade inferior a 35 anos.
Mas mesmo neste cenário, os riscos da gravidez em idade avançada serão os mesmos: prematuridade, bebé com baixo peso, diabetes gestacional e hipertensão.
Estar grávida aos 55 anos pressupõe um acompanhamento médico muito rigoroso, pois é sempre uma gravidez de alto risco. Conheça os principais:
- hipertensão arterial;
- diabetes gestacional;
- aborto espontâneo;
- parto prematuro;
- algumas cromossomopatias (como a síndrome de Down)