A endometriose é a existência de tecido endometrial fora da cavidade uterina
Manifesta-se por algias pélvicas de intensidade variável durante a menstruação e em casos mais graves provocam dores constantes.
Trata-se de uma doença muito limitava na vida de uma mulher, impedindo-a muitas vezes de ter liberdade de escolha a nível pessoal e profissional. É uma doença epigenética devido ao “stress oxidativo”.
Há um aumento de radicais livres de oxigénio a nível intracelular, impedindo o bom funcionamento das células. Os focos de endometriose depositam-se mais frequentemente a nível dos órgãos pélvicos e estruturas adjacentes (reto, bexiga, ureteres, intestinos). No ovário formam os endometriomas. No músculo uterino a adenomiose.
Nas restantes estruturas, invadem-nas, podendo formar nódulos e retrações que interferem com o normal funcionamento das mesmas. Além disso, a endometriose pode ser responsável por baixos níveis de fertilidade.
Até há pouco tempo, o que se podia oferecer às mulheres com esta doença era o uso contínuo de anticoncetivos orais ou de progestagéneos, nomeadamente o Dienogest, usando a cirurgia para reposição da anatomia (lise de aderências, extração de nódulos e endometriomas, entre outros).
Mas em muitas mulheres as manifestações dolorosas nem sempre cedem à cirurgia e frequentemente ficam exatamente na mesma . Com a utilização de uma “nova” molécula: GESTRI NOMA em PENTRAVAN, o panorama desta doença modificou-se por completo. É muito efetiva no controle da dor, diminuindo a produção de radicais livres que são altamente inflamatórios.
Há vários estudos que demonstram inclusive o desapareci mento de focos de endometriose, não havendo sempre necessidade de recorrer à cirurgia. Uma nova esperança se abre para outras mulheres.•
Por: OLGA SANTOS Ginecologista / Obstetra / Infertilidade